segunda-feira, janeiro 04, 2010

- Gente que fez muito bem ao Povo de Deus - (4)

BARNABÉ
– APÓSTOLO DA CONSOLAÇÃO -

O nome dele era José, mas os Apóstolos o apelidaram de Barnabé, que quer dizer “filho da consolação”. Era um judeu levita, nascido na Ilha de Chipre. Portanto, era judeu-grego.

Sabe-se também que era um homem de posses, pois vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro para os Apóstolos (At 4.36-37). Certamente ele sabia que a causa da pregação do Evangelho de Jesus Cristo, por um lado, e o cuidado com as pessoas necessitadas, por outro, precisavam de financiamento. Talvez - talvz, não temos certeza ! - venha desse gesto a razão para o seu cognome “filho da consolação”.


Barnabé também era o homem da concórdia. Depositava muita confiança nas pessoas. Quando Paulo de Tarso aceitou o Evangelho de Jesus Cristo, teve que enfrentar a perseguição dos antigos amigos fariseus. Por ter mudado de lado, os velhos comparsas o queriam matar (At 9.21-23). Entretanto, os discípulos de Jesus não acreditavam na conversão de Paulo. Desse modo, ele se viu sem amigos, sem alguém que o acolhesse.

Eis que entra em ação o nosso querido “filho da consolação”, o qual se prontifica a intermediar o encontro entre os Apóstolos e o novo discípulo de Jesus (At 9.26-27). Barnabé correu sérios riscos ao empenhar a sua confiança perante os Apóstolos, para intermediar este encontro. No entanto, a história mostrou que ele agiu com sabedoria divina, ele "apostou" no lado certo.

A Igreja de Antioquia era uma igreja que estava em espaço e cultura não-judaicos. Quando esta igreja resolveu enviar missionários para avançar pela Ásia Menor, na tarefa da evangelização, os nomes escolhidos foram Paulo e Barnabé, que ali congregavam (At 13.1-2).

Durante a primeira viagem missionária, eles levaram Marcos (algumas vezes chamado de João e, outras, de João Marcos), um rapaz que os acompanhava já há algum tempo (At 12.12,25; 13.5; 15.37). Este moço era sobrinho de Barnabé (Cl 4.10). Acontece que João não prosseguiu na viagem e desistiu, abandonando Paulo e Barnabé (At 13.13).

Quando eles estavam planejando a segunda viagem, Barnabé disse que iria levar o sobrinho. Mas Paulo discordava em levar alguém que os tinha abandonado no meio da jornada. Barnabé respondeu que levaria João Marcos, sim. Por isso, “houve uma tal contenda entre Paulo e Barnabé, que se separaram um do outro”.

Paulo prosseguiu viagem com Silas pelas bandas da Síria e Cilícia. Barnabé levou Marcos para Chipre (At 15.36-40).

A história, mais uma vez, justificou a atitude de Barnabé. João Marcos era muito jovem e precisava do apoio de alguém mais experiente. Não se pode desperdiçar a vocação de um jovem, mesmo que, às vezes, ele vacile. Barnabé sabia que Paulo podia prosseguir sem ele, e foi cuidar do mais frágil. Marcos continuou sua missão de auxiliar Barnabé.

Depois de algum tempo, Paulo faz as pazes com Marcos (2 Tm 4.11) e também autoriza que ele visite as igrejas (Cl 4.10).

Para a glória de Deus, o primeiro Evangelho escrito na história, foi obra desse moço chamado Marcos. Barnabé estava certíssimo!

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