"Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" - Pv 22.6
É tarefa dos pais ensinar seu filho no caminho que ele deve andar. Esta verdade bíblica conhecemos há muito tempo. Várias mensagens bíblicas já ouvimos a respeito.
Esse caminho do qual temos ouvimos falar tem sido o caminho da fé, da vida espiritual e religiosa. Gostaria de ir um pouco além.
Gostaria de falar a respeito dos caminhos por onde devemos não só ensinar nosso filho a andar neles, mas também conduzi-lo por eles. Não resolve muita coisa dizer como fazer, é preciso ir junto.
Sem dúvida, temos o dever de ensinar nosso filho a caminhar nos caminhos do Senhor, mas há outros caminhos de igual importância.
É preciso ensinar o caminho da verdade e da honestidade.
Não mentir, não roubar, não defraudar o próximo, não omitir, não zombar ou debochar ou ridicularizar o outro.
Não mentir, não roubar, não defraudar o próximo, não omitir, não zombar ou debochar ou ridicularizar o outro.
Um dos assuntos preferidos das reuniões familiares é falar da vida alheia. Fala-se de um parente, de um vizinho, de um irmão da igreja, ri-se e menospreza-se os outros. Fica até parecendo que aqueles ali reunidos são perfeitos, não tem problemas e que todo mundo simpatiza com eles.
Enquanto a família, reunida ali, fala dos outros, os filhos estão ouvindo e até participando. Estão assim aprendendo algumas lições básicas:
“Falar mal do próximo é natural.”
“Falar mal do outro em sua ausência e em sua presença sorrir amigavelmente é honesto. “
“Criticar ou rir do erro de alguém é correto.”
Na família a criança aprende. Então, no caminho dos relacionamentos sociais ela terá aprendido essas lições e as reproduzirá.
Em casa suas perguntas recebem respostas grosseiras ou em tom de voz desagradável. A criança aprende ouvindo. Então, no caminho da comunicação ela terá a tendência de fazer o mesmo.
Pai e a mãe agridem-se verbal e/ou fisicamente. Palavras chulas, palavras depreciativas e até palavrões são pronunciados constantemente. A criança aprende vendo e sentindo. Então, no caminho das relações familiares sua tendência será a de fazer igual.
Todos estes são ensinamentos maus, lições ruins, caminhos de morte e não caminhos de vida.
Ensinar o menino nos caminhos da igreja, da religião, fica deficiente se a família não ensina os caminhos da fé, da comunhão, do temor, do respeito a Deus. Vida com Deus não é ensinada somente na igreja. O dia a dia da família, de meditação e aplicação da Palavra de Deus, tem uma influência enorme sobre a vida cristã da criança.
Uma criança terá mais facilidade em respeitar a Deus se respeitar seus pais. De amar a Deus se amar seus pais. De fazer o bem vendo seus pais e familiares sendo bondosos.
Lembro-me agora de uma verdade bíblica que se aplica muito bem ao nosso tema. Está em Mateus 6.22 e 23: “A candeia do corpo são os olhos; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso”.
Os pais são em casa os olhos que guiam os filhos. Para onde os pais olham, os filhos olharão também. A família é um corpo integrado, onde atitudes, sentimentos, comportamentos, palavras e até pensamentos são copiados e reproduzidos.
“Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço” é um ditado incoerente, vazio. Não funciona, é inútil.
Na família precisa ser assim: “Siga meus passos, meu filho, ande pelos meus caminhos. Pois são caminhos bons, que os conduzirá a uma vida realizada, feliz e aprovada pelo Senhor nosso Deus”.
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