sexta-feira, janeiro 15, 2010

- - O QUE É VENCER ? - -

Ilustrações usadas no meu sermão
“ CANSADOS DE FAZER O BEM ? ”,
de domingo, 24.Junho.2007,
- Boletim Nº 298 - 49º Culto Missionário

1 - O QUE É VENCER ?
Há alguns anos atrás, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:

"Pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.

Porque ? Por que, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.

2 - MILHO BOM
Esta é a história de um fazendeiro bem sucedido. Ano após ano, ele ganhava o troféu "Milho Gigante" da feira da agricultura do município. Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito. E o seu milho era cada vez melhor.
Numa dessas ocasiões, um repórter de jornal, ao abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre como costumava cultivar seu qualificado e valioso produto. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos.

- "Como pode o senhor dispor-se a compartilhar sua melhor semente com seus vizinhos quando eles estão competindo com o seu em cada ano?" - indagou o repórter.

O fazendeiro pensou por um instante, e respondeu:
- "Você não sabe ? O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva através do vento de campo para campo. Se meu vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meu vizinhos a cultivar milho bom".

Ele era atento às conectividades da vida. O milho dele não poderia melhorar se o milho do vizinho também não tivesse a qualidade aumentada.

Assim é também em outras dimensões da nossa vida.

Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.

Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem.

E aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
3 - CÍRCULO DE AMOR

"Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou seu carro e se aproximou. O carro dela tinha aquele cheiro de carro novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, ela ficou preocupada.

Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora. Ele iria aprontar alguma ? Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto. Ele pôde ver que ela estava com muito medo e disse:

- "Eu só estou aqui para ajudar, madame. Não se preocupe ! Por que não espera no carro ? Lá dentro  está  mais quentinho !  A propósito, meu nome é Bryan".

Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora era ruim o bastante. Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro.

Imediatamente começou a trocar o pneu. Mas ele se sujou bastante e ainda feriu uma das mãos. Enquanto ele apertava as porcas da roda a senhora abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St. Louis,  que só estava de passagem por ali, que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Bryan apenas sorriu, enquanto se levantava. Então ela perguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todas as coisas terríveis que poderiam ter acontecido, se Bryan não tivesse parado. Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar, quando alguém tinha necessidade... e Deus já lhe ajudara bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo.

Ele respondeu:

- "Se realmente quiser me reembolsar, eu quero que faça o seguinte: da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para essa pessoa a ajuda que ela precisar". E acrescentou: " e  pense  em  mim ".

Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio, aquele. Um tanto deprimente, mas ele se sentia muito bem, agora que estava indo pra casa, desaparecendo no crepúsculo e na curva da estrada...

Alguns quilômetros  mais abaixo, aquela senhora encontrou um pequeno restaurante. Estava com fome, precisava comer alguma coisa. Era um restaurante muito modesto.  A cena inteira era bastante estranha para ela. A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um sorriso doce, um sorriso ... que mesmo os pés doendo, por um dia inteiro de trabalho, não puderam apagar naquele rosto cansado. A senhora também notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, observou ainda seu estado  de mulher grávida, com a tensão e as dores, não a impediram de ter uma atitude positiva e carinhosa com a forasteira. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a uma pessoa estranha, que nunca tinha visto antes.

Então a senhora  se lembrou de Bryan, do socorro e da atenção que ele dedicou a ela, na estrada, com a troca do pneu.  Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava o troco para a nota de cem dólares que a senhora lhe entregara para pagar a conta, a senhora se retirou do local.  Já tinha ido embora quando a garçonete voltou ! A garçonete ainda queria saber onde a senhora poderia ter ido. Afinal, a senhora  tinha ainda muito dinheiro para receber de troco ! Foi então que a garçonete notou algo escrito no guardanapo. Ela pegou o guardanapo para ver o que estava escrito, e eis que, por baixo dele,  ela percebeu que estavam mais 4 notas de $100 dólares.  $ 400 dólares ! Uau !

Havia lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora tinha deixado escrito. Dizia assim:
"Você não me deve nada; eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje, e da mesma forma estou ajudando a você agora. Se você realmente quiser me reembolsar ...  não deixe este círculo de amor terminar com você".

Bem, havia mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir. Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ela não parava de pensar naquela senhora, no dinheiro que ela tinha deixado debaixo do guardanapo, e também no que  a senhora tinha deixado escrito nele.  Como podia aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam daquele dinheiro ? Com o bebê para o próximo mês, estava difícil a situação deles ! Então ela virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:

"Tudo vai ficar bem, meu querido; eu te amo, meu amor, meu querido Bryan".

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