- - Perturbadores do Povo de Deus - - ( 4 )

SIMÃO, O MÁGICO, E ELIMAS, O ENCANTADOR

Não foram somente Moisés e Arão que tiveram problemas com os encantadores. Também os Apóstolos Pedro e Paulo foram perturbados por alguns “catimbozeiros” do seu tempo. Todos eles procuravam impedir o avanço da obra de Deus na libertação dos “oprimidos do Diabo”. A postura dos Apóstolos sempre foi tão firme quanto a postura de Arão e de Moisés.

Firmeza doutrinária é (deve ser) marca de quem lidera o povo de Deus. Sem isso não será possível liderar em nome do Senhor.

1 - Comecemos por ELIMAS.

Durante a sua primeira viagem missionária, o Apóstolo Paulo chegou a Pafos, que era a sede do governo do procônsul Sérgio Paulo (At 13.1-12).

ELIMAS fazia parte do séquito do governador e, percebendo o interesse deste em ouvir o Evangelho, teve medo que o governador se convertesse e não mais precisasse dos seus serviços mágicos. Tentando defender seus interesses, diz a Bíblia que esse homem se opunha ao Apóstolo e à sua mensagem: “Mas resistia-lhes ELIMAS, o encantador, procurando apartar da fé o procônsul” (Atos 13.8). Importante notar que ELIMAS era também chamado de Barjesus, que quer dizer “filho de Jesus”. No entanto, quando Paulo percebe a artimanha dele, chama-o de “filho do Diabo”, repreende-o e castiga-o com uma cegueira temporária. Na mesma hora ELIMAS ficou cego e precisava que alguém o conduzisse pela mão. Diante disso, o governador creu e se tornou o primeiro convertido através do ministério da pregação do Apóstolo Paulo.

2 - Outro nome é o de SIMÃO (At 8.9-24).

Talvez ele seja o mais famoso, depois do nome de Coré. Este homem era um samaritano que praticava magia, o que era terminantemente proibido aos judeus (e consequentemente aos cristãos também). Pelo ministério da pregação de Felipe, até mesmo SIMÃO creu e foi batizado, ficando abismado com as maravilhas que via. Os Apóstolos Pedro e João foram até Samaria para ver a expansão do Evangelho por ali. Lá chegando, oravam pelas pessoas e elas recebiam o Espírito Santo. Quando SIMÃO viu aquilo, cobiçou ter o mesmo dom e ofereceu dinheiro aos Apóstolos em troca do poder do Espírito Santo. Pedro o repreendeu: “o teu dinheiro seja contigo para perdição”. Também o exortou para que se arrependesse e fosse “perdoado o pensamento do seu coração”. SIMÃO pediu aos Apóstolos que orassem por ele para que o mal não lhe sobreviesse.

O texto bíblico encerra aqui, mas a tradição reza que SIMÃO gastou todos os seus dias em perseguir o Apóstolo Pedro. Conta-se que ele acreditava possuir poderes celestiais ao ponto de dizer que “se fosse enterrado vivo, ressuscitaria ao terceiro dia”. Ainda segundo a tradição, seus discípulos cavaram uma sepultura e o enterraram, mas ele nunca mais se levantou.